Relatos de experiência emocionam em II Simpósio de Libras

Postado em 25/05/2015 por Gilliane Correia Wichello.

Com informações de Núcleo de Licenciaturas - 5.º período.

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O Centro Universitário São Camilo de Lelis promove o II Simpósio de LIBRAS para alunos do 5º período das Licenciaturas.

 

O evento foi coordenado pela Profª Jaqueline Ramalho Nogueira Santos que apoiou as professoras Yerecê Regina Medeiros Simões Chiesa e Elivane da Silva Santos.

 

O referido evento foi abrilhantado pela Palestra Técnica Pedagógica da SRECAC Irilda Môro Ferreira Leitão sob o tema: Implantação de Salas de Recurso em Escolas da Educação Básica e Práticas Pedagógicas de Professores em sala de recurso – AEE. O professora Wanderson da Silva Santos proferiu palestra com o tema: Os Desafios da Educação de Surdos na Perspectiva do CAS – Centro de Atendimento ao Surdo.

 

O Simpósio contou, ainda, com o depoimento de mãe de surdo a Senhora Josiana Bicalho Santana e o relato de vida do ser surdo, o Professor Instrutor e Pedagogo Cláudio Valiati Passabom.

 

Os profissionais intérpretes do CAS e do Curso Técnico da Escola Estadual Liceu Muniz Freire fizeram o trabalho de interpretação de maneira impecável reduzindo a barreira da comunicação entre surdos e ouvintes.

 

No que se refere à formação de futuros profissionais da educação o Centro Universitário São Camilo vai além!

 

A sociedade possui poucos esclarecimentos sobre o que os surdos são capazes de fazer. Pois bem, para refletirmos melhor sobre esse potencial nada mais consistente do que tornar viável e claro a externalização do conhecimento e aquisições da comunidade surda.

 

Este evento vem relatar à trajetória desde a descoberta da surdez e da e a necessidade da harmonia família / escola para um verdadeiro ajustamento sócio-emocional, com intuito de demonstrar que um pequeno ser se transforma em um adulto autônomo. Um ser, com habilidades e competências nunca dantes evidenciadas em sua essência maior.

 

Todavia, revendo um passado não muito distante, nota-se que por diversas razões as mudanças paradigmáticas demoram a ocorrer talvez porque hoje existe uma escola, uma sociedade sem identidade, sem referências, sem saber o seu norte para atuar com pessoas “ditas normais”.

 

Quem dirá com os alunos surdos que ousam, acreditam e que nunca desistem, ou seja, rompem barreiras e alcançam vitórias e conquistas.

 

Assim, pretendemos assumir uma postura coerente dentro da realidade atual, a fim de oportunizar a todos os indivíduos envolvidos nesse contexto a dignidade e igualdade. É necessário que todos possam expressar seus pensamentos e sentimentos para obter a vitória essencial ao seu desenvolvimento.

 

Sendo assim, a vida será respeitada em todas as suas fases. Desse modo, como garantir a expressão de cada singularidade? Para tal, o II Simpósio objetiva uma forma expressiva de romper paradigmas, de forma a possibilitar mudanças. Quebrar o preconceito, a discriminação e desvalorização do ser humano.

 

Todo ser humano merece ser tratado com respeito. Somos seres únicos e como sujeitos históricos devemos ter respeitadas nossas especificidades.

 

Cremos que temos um caminho longo a ser percorrido, muito mais a que ser feito. Estamos apenas iniciando um trabalho, uma jornada que começa com o primeiro passo.

 

A utilidade da LIBRAS é de grande importância, pois trata-se de mais um recurso para o aprendizado de língua permite uma boa convivência por meio de uma comunicação efetiva entre ouvintes e surdos. Sendo assim, esta é a língua natural do surdo, portanto, devemos respeitá-la em seus aspectos funcionais e culturais.

 

O Centro Universitário abre portas não apenas para as teorias e concepções universais, mas, principalmente, rompe barreiras e torna evidente e relevante a inclusão social.

 

Ao avaliar o II Simpósio de Libras, a coordenadora do Curso de Letras Língua Portuguesa destaca ainda, a apresentação dos trabalhos produzidos pelos alunos dos 5º períodos de Licenciatura do Centro Universitário São Camilo-ES. Segundo a professora Jaqueline Ramalho, o evento desse ano avançou quanto à produção científica, uma vez que os discentes produziram projetos para serem aplicados nas escolas da região, utilizando-se da Libras como ferramenta de linguagem.