HABERMAS CRÍTICO DE KANT: A UNIVERSALIZAÇÃO COMO PONTO FRÁGIL NA ÉTICA KANTIANA

  • Francisco Antonio de Vasconcelos Universidad De La Empresa

Resumo

Partindo do pressuposto de que Jürgen Habermas é um herdeiro e um crítico de Immanuel Kant, ressalta-se aqui a ética do discurso como uma alternativa à ética kantiana. A moral kantiana (Gesinnungsethik) é determinada por princípios universais e por um profundo sentimento de respeito pela dignidade da pessoa humana, buscando o fundamento da obrigação moral na vontade autônoma. O filósofo identifica o princípio da autonomia como único princípio da moralidade e afirma que o princípio da moralidade deve ser um imperativo categórico. Para estabelecer o que devemos fazer, devemos submeter nossa máxima a um teste de universalização. Tratando-se de dar conta do teste de universalização, faz-se necessário considerar o aspecto epistêmico da prioridade do justo sobre o bem. Habermas apresenta suas críticas à ética kantiana como Duplik à crítica que Hegel dirige a Kant. Mas, é preciso verificar se o conceito de universalização, que tem por função fundamentar e universalizar a norma moral, e que aparece como ponto fraco da ética kantiana, foi realmente resolvido por Habermas, em sua ética do discurso.

Publicado
Mai 14, 2018
Como Citar
DE VASCONCELOS, Francisco Antonio. HABERMAS CRÍTICO DE KANT: A UNIVERSALIZAÇÃO COMO PONTO FRÁGIL NA ÉTICA KANTIANA. Cadernos Camilliani e-ISSN: 2594-9640, [S.l.], v. 14, n. 3, p. 312-321, maio 2018. ISSN 2594-9640. Disponível em: <http://www.saocamilo-es.br/revista/index.php/cadernoscamilliani/article/view/236>. Acesso em: 18 maio 2024.