EVASÃO ESCOLAR NA EDUCAÇÃO BÁSICA BRASILEIRA: IMPASSES E REFLEXÕES PARA UM NOVO ENSINO E UMA NOVA ESCOLA
Resumen
Por meio da análise de indicadores atuais que demonstram o percentual de alunos que se evadem da educação básica brasileira, é possível verificar que os sistemas educacionais ainda sofrem com impasses para sanar essa problemática. Nesse sentido, o presente artigo objetivou trazer para o debate alguns fatores, causas e possíveis consequências da evasão escolar no Brasil, assim como levantar uma reflexão para um novo ensino e uma nova escola. Relacionado os resultados parciais da meta 2 do Plano Nacional de Educação (lei nº 13.005, de junho de 2014) com pressupostos teóricos, foi compreendido que os problemas que englobam a evasão escolar são intrínsecos e extrínsecos à escola, e de complexa definição. Contudo, sendo a escola a maior responsável pelos impasses que a implica, entende-se que o fracasso escolar, seguido de repetência e evasão, é reflexo de uma democratização tardia e inacabada da educação pública brasileira, de um “daltonismo cultural” que valoriza aquilo considerado “normal” ou “apropriado” na perspectiva da cultura europeia e de um “pedagocídio” intencional ou não intencional, formalizado pelo despreparo das instituições públicas para lidar com as expectativas dos alunos do século XXI. Por fim, compreende-se que a educação formal deve desgarrar-se da concepção de ensino arcaico e desmotivador e seguir a perspectiva de um ensino significativo de formação cidadã, integrando e dando sentido de lugar para a diversidade presente no chão da escola.