EXAMES LABORATORIAIS PARA O DIAGNÓSTICO DA COVID-19: APLICAÇÕES E LIMITAÇÕES DAS TÉCNICAS
Resumo
O coronavírus é um vírus zoonótico, da família Coronaviridae, envelopado e composto por uma fita simples de RNA. Alguns exemplares dessa família causam infecções respiratórias nos humanos, como é o caso do beta-coronavírusSARS-CoV-2, um novo coronavírus descrito em dezembro de 2019, que é o agente etiológico da doença chamada deCOVID-19. A pandemia causada pelo novo coronavírus se espalhou rapidamente devido a sua grande capacidade de disseminação. Os principais sintomas da COVID-19 são febre, fadiga e tosse seca, podendo evoluir para dispneia ou, em casos mais graves, Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Em geral o período de intubação da COVID-19 é em média de 5 a 6 dias, podendo chegar até 14 dias. A infecção por SARS-CoV-2 pode ser dividida em três estágios, sendo o terceiro estágio com alta carga viral. O presente trabalho tem por objetivo analisar os exames bioquímicos atualmente disponíveis para o diagnóstico dessa enfermidade, destacando a importância e as limitações de tais instrumentos no monitoramento e no combate da pandemia. Para se definir um diagnóstico de COVID-19 é preciso estar pautado nas informações clínico-epidemiológicas, aliado a exames RT-PCR (Real Time- Polymerase Chain Reaction) e/ou sorologia quando disponíveis, além de dados de exames de imagem de tórax, os quais precisam ser cuidadosamente ponderados a fim de se fechar o diagnóstico. O RT-PCR é o teste padrão-ouro para o diagnóstico da COVID-19, pois apresenta sensibilidade em torno de 63% a 93% e especificidade próximo a 100%. Os testes imunológicos, incluem os imunoensaios clássicos (ELISA) e os testes rápidos, que são baseados na pesquisa de anticorpos e utilizam de técnicas de imunocromatografia. Estes últimos são complementares e permitem o diagnóstico tardio da doença, além de servirem como métodos de triagem para grupos populacionais, o que permite a busca ativa por casos assintomáticos e o monitoramento da epidemia.